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Mensagem  miguel Qui Out 11, 2007 7:37 pm

Qual o último filme que viste? Que classificação lhe dás de 0 a 10? Em que o criticas?
Coloca aqui a tua opinião para que todos possam seguir as tuas recomendações.

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Mensagem  trickyd Qui Out 11, 2007 8:57 pm

Revi o Boogie Nights. 8,5/10
PTA é dos maiores genios da actualidade, não me canso de o dizer.

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Mensagem  NunoB. Sex Out 12, 2007 12:20 am

Smiley Face (8/10)

Comédia de Greg Araki, com Anna Faris.
Anna Faris está sempre com a moca, e tem várias "tarefas", vá, para fazer durante o dia. É um filme com bastantes cenas engraçadas. Gostei tongue Anna Faris = Melhor actriz cómica do momento

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Mensagem  trickyd Sex Out 12, 2007 12:26 am

O nome desse filme não era "lol" ?

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Mensagem  NunoB. Sex Out 12, 2007 12:36 am

trickyd escreveu:O nome desse filme não era "lol" ?

Não sei mesmo :\ O poster é um smile com um charro na boca :X

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Mensagem  miguel Sex Out 12, 2007 1:05 pm

Vi ontem a noite em dvd Zodiac, david fincher.
Esta bem, está muito bem! 8/10
O filme é extremamente longo e, por tal, baixa o ritmo em dois ou tres momentos.. muito bem dirigido e representado, tem dois momentos, duas historias quase, a primeira investigação dos policias e a segunda pelo "cartoonista". E cada uma delas tem momentos geniais, tem cenas muito bem conseguidas! gostava de destacar o interregatório a Arthur Leigh (um dos suspeitos) em que este actor, John Carroll Lynch, dá um show digno de prémio em 5m; e quando Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) entra na casa de um antigo projectista e pensa que este é o assassino.

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Mensagem  kubrick Sex Out 12, 2007 6:34 pm

Tenho que ver o zodiac!!! Smile Foi dos filmes que tive mesmo pena de nao ver no cinema... mas fui tarde demais...

Boogie Nights é excelente... penso que até é melhor que magnolia na minha opiniao... Estou ansioso para ver o proximo filme que PTA nos trara!

Os filmes que vi esta semana foram:

Stardust 6/10 : O filme esta bom: Tem a Michelle Pfeiffer que é uma musa do cinema! Os anos nao passam por ela e quando passam só a melhoram... Depois tem Robert DeNiro num registo caricatural que só lhe fica bem! Smile

Problemas: O Filme tem muitas coisas que caem de para-quedas! Depois tem um argumento que nao prima pela originalidade... sendo até previsivel!

A Favor: As poucas expectativas que tive relativamente ao filme permitiu me desfruta-lo mais... vejam o filme num registo despreocupado... Confesso que ao ver o filme fez me lembrar do ladyhawke... se calhar pela michelle pfeiffer!! Alguem viu o filme?

1408: 5/10 -> tanto hype em relaçao a este filme e acabei por achar outro disturbia... se bem este e melhorzito! A melhor adaptação de Stephen King ainda continua a ser Shinning! Venha quem vier!

A Favor: Alguns sustos pelo meio... Destaque para o melhor despertador do ano!

Contra: Tantos Twists fazem desinteressar a historia... cheguei a um ponto em que ja nao me interessava pelas personagens

Inland Empire 2/10- Tenho que rever! Esta e a primeira impressao!

A Favor: Laura Dern e o ambiente claustrofobico que esta presente no filme inteiro

Contra: O Ambiente claustrofobico pode ser uma espada de 2 Gumes quando nao ha narrativa definida, nao ha empatia pelas personagens!

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Que Filme Viste? Empty Gregg Araki

Mensagem  Zatoichi Sex Out 12, 2007 6:42 pm

Gregg Araki é sem dúvida um dos autores de cinema independente norte-americano, mais único e mais incontrolável (o único que se compara é mesmo o polémico Larry Clark).


Nunca vi o Smiley Faces, e para além de ser de um género que é o que menos aprecio e depois de ter lido criticas muito, mas mesmo muito más, decidi não arriscar e optei por não este filme deste grande realizador.


No entanto as obras que já vi dele "The Doom Generation" e "Mysterious Skin" ("Mysterious Skin, estreou em Portugal) deixaram-me marcas.
Este é um cineasta que não deixa ninguém indeferente e que se destaca dos demais companheiros por um incrivel sentido visual e de câmara, por narrativas normalmente pesadas mas sempre sublinhadas por uma atmosfera de sonho que eu tanto adoro , o bizarro que se intromete sempre no mais comum dos acontecimentos, e sempre com grandes bandas-sonoras que complementam de forma espectacular os seus filmes.



Dos dois que eu vi prefiro "Mysterious Skin" (história sobre a adolescência e pedofilia, com a narrativa desdobrada em duas personagens, sendo que uma delas aceita o que lhe aconteceu, o facto de ser violado, aliás ele diz que foi a única altura que se sentiu amado, e a outra personagem que tenta encontrar explicação para o facto das suas súbitas erupções de sangue do nariz acontecerem.) Um filme pesado, poético, envolvido numa atmosfera de sonho e de bizarria, com personagens adolescentes inadaptadas, grandes interpretações e uma banda-sonora de outro mundo (Slowdive e Cocteau Twins são grandes!!!!). 9/10




"The Doom Generation" é o filme que de certa forma deu a conhecer Gregg Araki ao mundo. Mais um filme tendo como personagens principais, três adolescentes inadaptados (com uma atitude um pouco Fuck The World), e que depressa se torna Gregg Araki puro. Rapidamente a bizarria se instala no filme (a cena da loja de conveniência é simplesmente fenomenal, um delirio que David Lynch não teria renegado).
No entanto o que mais me surpreendeu no filme foi a mestria técnica de Gregg Araki (o filme é de 1995 e foi feito com um orçamente completamente ridiculo, ao nivel dos filmes portugueses) e consegue construir um filme complexo em termos de realização, com uma fotografia explêndida (nomeadamente o uso de luz e escuro dentro dos quartos e a cena final), um jogo de cores de outro mundo (uma sequência de puro giallo depois das três personagens sairem da loja de conveniência, com Gregg Araki a utilizar três padrões de cores diferentes, azul, verde e vermelho.A realização de objectos também está impecável.)




Portanto Gregg Araki, um cineasta independente norte-americano único e a descobrir urgentemente!!!!!!



cheers
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Mensagem  Zatoichi Sex Out 12, 2007 9:31 pm

Bem eu esta semana, mais propriamente desde sábado até hoje (7 dias portanto, uma semana), vi alguns filmes.


Comecei da pior maneira possivel com:


"Planet Terror" - Uma bosta de todo o tamanho, o filme de Robert Rodriguez é um filme falso, cinico, mal realizado, com um humor disparatado e sem concordância nenhuma em relação aos acontecimentos e com um "falso" gore paródico e simplesmente terrivel.
Na minha opinião um dos filmes mais overrated do ano, sendo que na minha opinião é mesmo dos piores do ano.


Nota: 2/10



"Genesis", de Nacho Cerdá - Comecei o Domingo de manhã, com um curta-metragem, do prodigio espanhol, e que curta que é!!!!! Autêntica obra-prima, um "The Fountain" antes do seu tempo feito com muito menor orçamento e uma história bem mais negra, conta a história de um escultor que perdeu a sua amada num acidente de viação. Consumido pela dor da perda e pela memória da sua amada (além disso tem uma amargura imensa de que devia ter sido ele a morrer em vez dela) constroi uma escultura de gesso em tamanho real da mulher........... Mas algo começa a acontecer tanto à estátua como ao escultor.
Fantástica reflexão sobre a morte (o tema pilar de Nacho Cerdá) e sobre os efeitos que esta tem sobre as pessoas mais próximas de quem morreu, é uma metáfora inteligente, visceral e emocional em relação que muitas vezes as pessoas que sentem essa perda, elas próprias morrem também, levando o resto da sua vida a carregar as memórias do passado e a viver em função disso. O final é bem representativo disso mesmo.
Em nota final, convém dizer que Genesis não tem diálogo (só imagens e música) e por isso o seu impacto ainda é mais profundo e avassalador e o trabalho de câmara de Nacho Cerdá é simplesmente assombroso no seu retrato da dor da personagem, do atelier de escultura e da própria escultura, provando que é um dos realizadores a nivel mundial mais dotado técnicamente.


P.S--> Nacho Cerdá, conta com três curtas-metragens ("The Awakening", a polémica "Aftermath", e "Genesis") e uma longa (o fantástico "The Abandoned") e é já uma das maiores esperanças do novo cinema fantástico.


Nota: 10/10



"The Doom Generation", de Gregg Araki - Como já me pronunciei sobre este filme noutro post deixo apenas aki a minha nota, que não pus no outro


Nota: 8/10




"2001 Maniacs", de Tim Sullivan - Primeiro filme de Tim Sullivan e segundo filme da produtora Raw Feed (produtora de Eli Roth), este é um remake do filme "2000 Maniacs" do chamado Avó do gore Herschell Gordon-Lewis.
Tudo bem que o filme é facilmente esquecivel, não tem qualquer tipo de tensão (nem sequer tenciona ter) e não é perturbador, o que só por isso anula logo muito da génese do próprio terror, este filme inscreve-se dentro do mini-subgénero "Camp Horror" muito em voga nos anos 80, sendo um filme que pretende apenas divertir, proporcionar algumas piadas e um momento gore engraçado.
O bom do filme é que consegue isso tudo e portanto é um bom momento de terror descomplexado e nada mais. Um filme que se vê, mas que também se dispensa bem.



Nota: 5/10





"Havoc", de Barbara Kopple - Mais um "teen-drama" filhinhos e filhinhas de pápas ricos que se metem em más companhias e assumem comportamentos de risco, o filme parta de uma ideia interessante (o que é que faz os adolescentes tomar esses tipo de atitudes e o que é que eles precisam para que se tornem realizados, quando já se tem tudo), mas é um festival interminável de clichés atrás de clichés, até se tornar insuportável, complementado por um realização também ela preenchida de clichés e que não trás nada de novo e por interpretações simplesmente insuportáveis (principalmente Anne Hathaway a Bijou Philips, duo principal. A personagem mais interessante, interpretada por Shiri Appleby, aparece em três cenas, pois apesar de só aparecer ai, Shiri cria uma personagem dinâmica e que parece ser bem multi-dimensional, ao contrário da falsa parecença disso da personagem de Anne Hathaway). Mau, mau mau mau, e que só serve para confirmar que Stephen Ghagan ("Traffic", "Syriana") é um dos argumentistas mais overrated actuais.


Nota: 3/10




"Rush Hour 3", de Brett Ratner - O filme é tão mau, tão mau, que só vou dizer isto. Juntamente com "Ghost Rider" e "Transformers" pior filme do ano.


Nota: 0/10





"A Snake of June", de Shinya Tsukamoto - Segunda obra-prima, de um dos maiores realizadores de culto (e este põe mesmo esse termo à prova) de todo o mundo.
Para quem não conhece Shinya Tsukamoto, é um realizador japonês que logo no seu primeiro filme "Tetsuo: The Iron Man" gerou um culto enorme à volta dele. Os filmes dele caracterizam-se pelo elavado experimentalismo e são extremamente provocadores nunca facilitando o espectador. Além disso são todos filmes altamente inteligentes, recheados de múltiplos niveis de leitura e uma grande componente social. Em termos de género (de verdade encontra-se dentro de um género completamente seu), mas pode-se dizer que os filmes dele andam entre o terror, o thriller e o bizarro (se bem que têm um ou dois "aparentes" dramas introspéctivos, um filme de época Cyberpunk o fabuloso "Gemini", e um filme fantástico o muito, muito bom "Nightmare Detective" do ano passado) e os únicos cineastas a se compararem em termos de transgressão e experimentalismo em todo o mundo neste momento são os mestres David Cronenberg e David Lynch.
O realizador mais influente sobre Shinya Tsukamoto é o realizador japonês do final da década de 70 e da década de 80 Sogo Ishii (realizador do filme "Crazy Thunder Road" entre outros).


Este "A Snake of June" é um daqueles filmes dele, que aparentemente é um drama intimista e introspectivo/meets thriller erótico.
A história gira à volta de uma mulher, que trabalha numa daquelas linhas de apoio pessoal, que começa a receber em sua casa fotografias dela em poses eróticas dentro da sua própria casa.
O marido dela é um quarentão, que nem sequer toca nela e se preocupa mais em limpar a sujidade de, por exemplo o lava-loiças do que nela.
A partir daí a trama vai-se adensando, com Shinya Tsukamoto a transformar esta premisa extremamente banal, num filme extremamente pesado e negro, senti durante o filme todo um mau-estar inerente à história, com uma realização nervosa, com uma cãmara handheld que transmite muito bem todas as sensações que o filme quer transmitir.
Em relação a critica social Tsukamoto põe a nu principalmente o de mais perverso que temos dentro de nós, principalmente o voyeurismo (numa cena brutal e espectacular), o nosso gosto pelo grotesco, e a nossa incapacidade de nos ajudarmos uns aos outros, mas principalmente a nós próprios.
Um filme, que não é para todos (nenhum de Tsukamoto é), mas que os fãs irão de certeza adorar como eu.



Nota: 10/10




"Calvaire", de Fabrice Du Welz - Filme francês que ajudou ao inicio da nova vaga de filmes de terror (mas que infelizmente continua desconhecido aqui em Portugal), este é também o representante mais original, um dos mais transgressivos (depois do fabuloso "The Devil´s Rejects"), e mais tocantes desta mesma nova geração.
O filme conta a história de um cantor romântico, que anda a conta própria pelo país a cantar em festas, coisas desse género. Quando vai em direcção ao seu próximo destino, de noite, este perde-se, e como já é noite, vê um sinal para um sitio onde possa repousar.
O dirigente desse sitio de repouso, é um homem simpático e bondoso, que já fora um stand-up comedian, mas que no entanto vive amargurado pelo facto da sua mulher, também ela cantora, o ter deixado.
O problema começa quando o dirigente do repouso começa a confundir o homem-cantor, com a sua esposa que o deixou. A partir daí a personagem principal passa por um calvário como ele nunca tinha imaginado.
Filme lento e espaçado (propositadamente), este filme é talvez o representante da nova geração de filmes de terror/thriller mais fiel do espirito dos filmes de terror/thriller da década de 70, sendo que não é um filme de terror, não tem qualquer tipo de sustos, mas baseia toda a sua atmosfera e tensão, nas próprias personagens e nas relações das personagens, nunca se sabendo quando a violência/loucura pode começar. A caracterização das personagens também está muito boa (especialmente das pessoas da aldeia e uma personagem louca que anda sempre à procura do seu cão).
Retirando maior influência dos clássicos de filme survival da década de 70 "Straw Dogs" de Sam Peckinpah, "The Texas Chainsaw Massacre" de Tobe Hooper, e o inevitável "Deliverance" (o filme que começou isto tudo) de John Boorman, também se diferencia deste porque acrescenta a todos os elementos deste género de filme o "Survival", outro elemento, a história de amor, por mais bizarra e perturbadora que ela possa ser.
Também convém dizer que o trabalho de Fabrize du Welz não convém deixar de ser mencionado, ele que realiza de forma simplesmente fantástica (lento e repousado nas cenas de exposição da história e das personagens, mas sem nunca eskecer o elemento de tensão, e alucinado nas cenas mais doentias, a cena da dança dentro da taberna dos aldeões é fantástica, especialmente os planos frenéticos, os close-ups, e aquela fotografia em tons esverdeados!!!!!)



Portanto, um grande filme, que merece ser visto por todos!!!!!




Nota: 9/10
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Mensagem  NunoB. Sex Out 12, 2007 11:44 pm

Zatoichi escreveu:

"Planet Terror" - é um filme falso, cinico, mal realizado, com um humor disparatado e sem concordância nenhuma em relação aos acontecimentos e com um "falso" gore paródico e simplesmente terrivel.


Mmmm. Ainda não vi o filme, mas não era essa mesma a intenção do filme? confused

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Mensagem  Zatoichi Sáb Out 13, 2007 2:52 am

Não, NunoB. não era essa a intenção do filme. Os filmes Grindhouse eram na realidade filmes feitos com nada com o único propósito de vender o mais possivel, para obter lucro, e para que isso acontecesse a única forma que eles tinham de chamar pessoas era meter aquilo que mais as chamava às salas de cinema. Por isso metiam lá dentro quantidades indústriais de sexo e violência, pois era a única forma de chamar as pessoas apreciadoras deste tipo de subprodutos. Entre esses apreciadores apresentam-se Quentin Tarantino (genuino apreciador) e Robert Rodriguez (apreciador cinico).


Aliás uma das razões pela qual eu detestei o "Planet Terror" é que a intenção original de Rodriguez era homenagear o género, mas acaba, em última análise, por fazer completamente o contrário e parodiá-lo, trantando o género que ele diz que "gosta" com o despeito que mete impressão. Aliás, nada mais simples. Façam a comparação (as pessoas podem dizer que são filmes diferentes, mas caraças, fazem os dois parte da mesma antologia, o "Grindhouse", portanto não venham cá com esse tipo de desculpas), entre o "Planet Terror" e o "Deathproof", esse sim um filme sincero, respeitador e quebrador de novas barreiras do género, estupidamente bem realizado, o Tarantino é um DEUS.
Curiosamente, para mim as melhores cenas de "Planet Terror" são as cenas em que Tarantino aparecesse. Tenho para mim que também foi ele que as realizou.



Eu antes até era um pouco defensor do Robert Rodriguez (eu até aprecio o "Sin City", agora vejo que é só por causa do fabuloso material de origem) mas depois deste filme, eu também chamo ao Rodriguez um aproveitador falso e passa a ser um dos meus realizadores na minha lista negra.
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Mensagem  NunoB. Sáb Out 13, 2007 12:39 pm

Ah ok ok. Erro meu então. Só gosto de um filme do Robert Rodriguez, que é o Sin City. Odeio aquelas coisas a que chamam de Spy Kids.

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Mensagem  trickyd Sáb Out 13, 2007 8:13 pm

Não concordo nada com o que o Zatoichi com relação ao Planet Terror.
Tanto o Death proof como o Planet terror pretendiam não só homenagear as grindhouses e os trash movies, como de certa forma os reinventar. E apesar de todo o tipo de distinção entre os filmes, é isso que é feito em ambos. O Planet terror de uma forma mais pomposa, visceral e identificavel e o Death proof sublime, sereno e arrebatador. Não vejo em nada que o rodrigues possa ter parodiado os trash movies, ele, assim como tarantino, apenas pegou nesses filmes e não deixou que se confundisse homenagem com plágio, que são coisas bastante diferentes. Fizerão isso de formas distintas, mas ambas bem conseguidas.
Tu disseste e muito bem que o objectivo dos trash movies, ou os filmes que passavam na grindhouse naquela altura, era vender. Pois bem, eles fizeram o mesmo! Não só com sexo, violencia e muito sangue, mas tambem com humor que em nada me pareceu uma parodia, antes uma homenagem.
Concordo que a brincadeira do rodrigues, se não levada aserio,(desculpem-me o paradoxo) poderá desiludir muita gente, assim como os longos,arrastados e chatos dialogos do Tarantino foram mal interpretados por muitos que já desvalorizaram a sua capacidade de escrita com relação a anteriores filmes (pulp fiction e Caes danados).

Planet Terror e Death proof são dos melhores filmes do ano, so far. E eu que nunca morri de amores pelo Rodriguez,só gosto mesmo das suas bandas sonoras.

Uma coisa que não entendi no que disseste foi "sem concordância nenhuma em relação aos acontecimentos" e o "gore terrivel". O que querias dizer com terrivel? Mal feito?

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Um dos meus maiores pecados é ainda não ter visto nada do Gregg Araki.

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Kubrick, nenhum filme é melhor que o Magnolia. Como o proprio realizador disse, ele já fez bons filmes, irá continuar a fazer, mas Magnolia será sempre a sua maior obra. E eu digo isto numa altura em que já li criticas do "there will be blood" que já dizem que o filme é a maior masterpiece do homem e já o comparam aos maiores filmes da historia do cinema, entre os quais Taxi driver e Citizen kane.

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Mensagem  Zatoichi Dom Out 14, 2007 2:24 pm

É verdade que tanto Rodriguez como Tarantino pretendiam homenagear os Grindhouse movies (aliás eu próprio disse isso), mas em termos de reinvenção só o Tarantino o conseguiu fazer.
Apesar do "Deathproof" ser um filme menor na sua filmografia (que é, não venham cá dizer que está no mesmo nivel que "Reservoir Dogs", "Pulp Fiction" ou "Kill Bill Vol.1 e Vol.2") continua a ser um filmaço do camandro e isso tudo por causa da reinterpretação que Tarantino fez (aliás dos dois realizadores foi o único a fazer uma reinterpretação.)
E isso tudo porque apesar de Tarantino seguir as regras do "Grindhouse" consegue infectar esse género com o seu próprio estilo seja nos famosos diálogos (e espectaculares) ultra-longos sobre nada (apesar de que eles parecem um pouco mais vácuos do que nos outros filmes), a utilização da banda-sonora completamente Tarantiniana elemento tão importante para a construção do universo Tarantiniano e todo aquele ambiente cool e cheio de referências cinéfilas que Tarantino não consegue parar de fazer nos seus filmes. Além disso Tarantino consegue fazer na mesma um verdadeiro filme Grindhouse, juntando dois elementos que resultam formodavelmente bem.



Rodriguez, já em seu caso não reinventa nada. O máximo que ele faz é pegar no conceito de Grindhouse e fazer um novo filme. Dessa forma Rodriguez é mais purista, e do ponto de vista dos verdadeiros defensor dos filmes "Grindhouse" tem mais crédito, mas os filmes Grindhouse, que eu já vi alguns, não têm ponta por onde se lhe pegue infelizmente.
Além disso esses filmes na altura não tinham orçamento nenhum, enquanto Rodriguez dispôs de um orçamento de 30 milhões de dólares. E vê-los deitados ao lixo daquela forma é completamente ridiculo.
Em relação a achar o filme cinico acho, porque penso que Rodriguez filma tudo com um desprezo incrivel, de forma desapaixonada e sem respeito pelo género (note-se como Tarantino filma a cena de lapdance do "Deathproof", e a maneira como Rodriguez filma a cena mais tórrida do "Planet Terror"), como se estivesse a dizer: "A cena têm gore? Está suficientemente disparatada? Atão corta e vamos para a sala de montagem meter isso no filme, que depois os tansos engolem isso tudo". Apesar das referências a alguns filmes (poucos) Rodriguez revela-se na minha opinião como um realizador falso.


Em relação ao humor que não se enquadra nas cenas, não era isso que eu queria muito bem dizer, queria dizer humor forçado para sublinhar ainda mais o ridiculo das cenas. O filme está carregado disso sendo todos os diálogos entre Freddy Rodriguez e Rose Mcgowan completamente ridiculos e a referência de Bruce Willis ao facto de ter morto Bin Laden ("ai e tal encontrei-o numa esquina e dei-lhe três tiros" É mesmo o que ele diz!!!!) é completamente estúpida.
Em relação ao gore, para além de eu ser um ávido consumidor de, os próprios filmes Grindhouse preveligiavam o gore e quando ele aparecia era a doer.
Aqui Rodriguez volta ao seu cinismo e ao seu não-amor pelo género, com as cenas gore a durarem cerca de 0.5 segundos antes de Rodriguez cortar para outra cena. E este filme tem fama de ser gore? Gimme a fucking break!!!!!
Aliás para ter mais uma noção dos dois, e eu volto outra vez à comparação Rodriguez/Tarantino, o filme do Tarantino pode ser à priori menos violento do que o filme do Rodriguez, mas vejam a maneira como o Tarantino filma o car crash.
Apesar de todo aquele ambiente descomplexado e fun, essa cena é de gelar o sangue e revela bem que o pesadelo é bem real, numa cena de 1 minuto.



Rodriguez tem um verdadeiro filme Grindhouse, que apesar de andar longe do muito bom, é bem melhor que o seu fraquissimo "Planet Terror". Esse filme chama-se "Aberto Até de Madrugada" e esse sim, um bom momento de fun, gore descomplexado.
Se calhar é por causa do argumento ser da total autoria do grande Quentin Tarantino!!!!
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Mensagem  trickyd Dom Out 14, 2007 8:30 pm

"a intenção original de Rodriguez era homenagear o género, mas acaba, em última análise, por fazer completamente o contrário e parodiá-lo, trantando o género que ele diz que "gosta" com o despeito que mete impressão"

"O máximo que ele faz é pegar no conceito de Grindhouse e fazer um novo filme. Dessa forma Rodriguez é mais purista, e do ponto de vista dos verdadeiros defensor dos filmes "Grindhouse" tem mais crédito, mas os filmes Grindhouse, que eu já vi alguns, não têm ponta por onde se lhe pegue infelizmente."

Não entendi a contradição. Ele primeiro parodia o filme e depois é purista agradando mais aos fãs da cultura trash? Não acho nada isso.
Primeiro, e antes de tudo, vamos esclarecer aqui uma coisa: Os filmes serie B foram muito mais do que historias incoerentes com sangue e sexo. Tu quando viste esses 3 ou 4 filmes não notaste isso mas, como em quase tudo, é preciso te inserires na epoca em que os filmes foram idealizados e pensares na inovação que todas aquelas ideias malucas ali impressas mais tarde representaram, o extremo a que todos os autores podiam chegar; foi um cinema exprimentalista que contribui-o em muito para as alteraçoes nos paradigmas que os autores comtemporaneos foram adoptando e continuam a adoptar. Portanto, para já e independente da discussão sobre o "grindhouse" resta deixar isto bem claro: Trash movies não eram só historias incorentes com criaturas estranhas, muito sexo e gore, foi, tambem, devido ao seu experimentalismo o que mais contribui-o para o desenvolvimento do cinema moderno.

Agora com respeito novamente a ambos os filmes, reconheço que o Rodriguez é um pouco irresponsavel a filmar, mas aqui a irresponsabilidade caí-o muito bem e acaba por tornar esse o seu estilo. Eu não vi nada de ridiculo nos dialogos do filme, tampouco no humor negro que foi, e muito bem, incluido. Sabes o que eu acho? Se o filme, exactamente como está fosse do Tarantino, tu e muitos diriam que os dialogos eram espetaculares e não chamariam ridicula a cena do Bruce Willis dizer que deu tres tiros ao Bin Laden. Se fosse do Tarantino rapidamente se estabeleceriam aqui analogias com o pos-ataques 11 de setembro e consequentes gueras. No entanto como não é o Tarantino já não merece esse credito, tampouco essa hipotese foi lembrada, porque?Porque não foi um génio que escreveu. Porque ninguem se lembrou de frizar essas analogias? Pensem que talvez o Bruce Willis não disse aquilo tão levianamente, que talvez possam estar aqui subjacentes ideias que voces desacreditaram apartida e que talvez se o argumento fosse escrito e filmado pelo Tarantino, seria levado em consideração . O argumento do Planet terror não é assim tão inocente nem ridiculo. É encarado assim pelos pseudo-intelectuais do cinema porque não foi escrito pelo "deus" Quentin Tarantino e foi realizado por um realizador que não tem tão boa filmografia.
Termino dizendo que o Planet Terror foi tudo o que o Dusk till dawn não consegui-o ser, apesar dos seus bons dialogos e do George Clooney, e aconcelho a se desprenderem desses pretensionismos e preconceitos criados.

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Mensagem  Rui Seg Out 15, 2007 5:32 pm

Ontem revi em dvd O Diabo Veste Prada. Soube melhor há segunda vez, e apesar de ainda ter um certo tom de comédia de família, ainda o vejo como uma crítica mordaz ao mundo exagerado da moda e a melhor comédia de há algum tempo...
(5/10)
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Mensagem  Zatoichi Seg Out 15, 2007 8:45 pm

Apesar de Rodriguez gostar do género Grindhouse, não quer dizer que com este "Planet Terror" não quer dizer dizer que tenha feito um bom representante desse género.
Por isso é que disse "gosta" (entre aspas) e disse parodia (quando digo parodiar é mais tratar com desprezo e desrespeito). Não me devo ter pronunciado bem.




Mas sim, tou a gostar disto, um bom debate de cinema é sempre coisa boa para me alegrar o dia!!!!! Grande Tryckd (By the way, não tens a ver, mas com esse nick, curtes Tricky? O gajo é muito bom).
Bem, e vou continuar a deitar mais achas para a fogueira. Em relação ao "Planet Terror" já deu para ver que nenhum de nós vai mudar de opinião.
Não concordo nada contigo quando dizes que o "Planet Terror" é tudo o que o "From Dusk Till Dawn" não conseguiu ser. Acho que é um filme muito mais conseguido no seu todo, sendo dividido em duas partes (uma puramente Tarantiniana e a outra parte um delirio mais à la Robert Rodriguez), pois apesar de a segunda parte do filme confirmar todo aquele intente Grindhouse já inerente na primeira parte (os heróis do filme são dois outlaws da pior espécie sendo que o Tarantino é um tarado sexual, a tensão de que a violência brutal e seca pode surgir a qualquer momento), pois, em análise formal, é um filme com personagens fortes e multi-demensionais, com um puro ambiente trash (a última hora do filme é de loucos, o filme transpira todo o ambiente sujo e podre do bar, muito por causa da fotografia), o gore extremo, cómico e jubilatório, e referências a outros filmes, feitas desta forma de forma inteligente e nada auto-referênciais, como acontece no "Planet Terror".
Por isto, e muito mais, acho o "From Dusk Till Dawn", bem mais superior ao "Planet Terror", mas bem são opiniões.



Depois não concordo com a tua referência, à importância dos filmes de série "B", na evolução do cinema. Quer dizer, concordo numa parte e noutra não concordo.
Sem dúvida, que esse tipo de filmes, feitos com nada, ajudaram a deitar abaixo muitas barreiras e tabus, em relação à maneira como a violência, o sexo, as personagens "malucas", o experimentalismo formal da câmara, moldaram e ajudaram a criar muitos cineastas de hoje, sem dúvida, principalmente dentro do género terror (Rob Zombie, Eli Roth, Edgar Wright.)
No entanto continuo que em termos de qualidade cinematográfica e artistica os filmes Grindhouse eram muito, muito maus.
Penso que quando falaste em, mudar mentalidades dentro da indústria cinematográfica, principalmente dentro da rigida indústria de Hollywood, te referias à magnifica década de 70.
Essa sim, definiu e continua a definir, as regras de muitos dos filmes norte-americanos que vemos hoje. Cineastas como Brian de Palma, Scorcese, Coppolla, Friedkin, Lumet, figuram entre os anais mais importantes da história do cinema.
Esses sim, importantissimos quebradores de barreiras e tabus, evocando temas como a violência repentina, seja ele interna ou externa, do ser humano perdido numa sociedade amoral e sem valores (Scorcese), o voyeurismo (De Palma), a ambiguidade (Friekin), o conflito dos demónios mais negros do ser humano e seus valores (Lumet).
Além disso todos estes cineastas têm em comum a violência extrema (principalmente Scorcese, fazer o que ele já fazia em termos de violência no ecrã num filme mainstream como "Taxi Driver" em 1976 é obra, e Brian De Palma, super influênciado pelo mestre Hitchcock e o Giallo, principalmente em "Dressed To Kill" e "Sisters"), o elevado nivel de experimentalismo e virtuosismo de câmara (os planos-sequência e os Split-Screens de Brian de Palma, a grande influência da Nouvelle Vague francesa sobre Coppola, e a influência da Nouvelle Vague e o cinema italiano neo-realista sobre Scorcese), que depois mesmo com essas influências ainda as souberam aprofundar mais, experimentações a nivel narrativo, tudo e mais alguma coisa.
Sei que não é uma analogia muito correcta sobre o tema Grindhouse e os filmes que estamos a falar, mas em termos de inovação acho que são estes os mais importantes.
Sem mencionar claro ( e eu que adoro Terror), os filmes de Terror da década de 70 (a melhor de sempre), com filmes como "The Texas Chainsaw Massacre", "The Hills Have Eyes", "The Last House on The Left", "Suspiria", "Profondo Rosso", "Halloween", "Deliverance", entre muito outros.
Em termos de terror também, e com a nova vaga de cineastas de terror que andam aí (Eli Roth, Lucky Mckee, James Wan, Neil Marshall, Alexandre Aja, Alexandre Bustillo, Nacho Cerdá), também são estes o mais influentes.




Bem, vou ter de sair, mas ainda tenho de dar a minha opinião sobre, mais um tema que levantaste em relação ao "Planet Terror". Fica para daki a bocado.




Mas Tryckd, continua a postar que tou a curtir largo falar contigo!!!!!!! cheers bounce
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Mensagem  kubrick Seg Out 15, 2007 9:24 pm

Pronto basta me ter o pc avariado no fim de semana, vir ao forum durante o fim de semana e tenho aqui uma discussao sobre Rodriguez e Planet Terror que ate assusta! E Ainda bem!

é assim pessoal GrindHouse deve ser desfrutado in a non serious way! Voces estao a dar demasiada importancia a um filme que pretende a ser uma homenagem a filmes de serie Z! Logo nao o podem avaliar pelos seus defeitos... mas sim tem que os desfrutar!!

Se estes dois filmes fossem como o Paixao de Cristo em termos de subtileza e materia cinzenta aí sim cortava os meus pulsos! Vá lá que nao o são! Twisted Evil

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Mensagem  NunoB. Ter Out 16, 2007 12:39 am

Un Chien Andalou.

Ok.




Não o percebi Neutral lol

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Mensagem  miguel Ter Out 16, 2007 2:48 pm

lolo nuno!Very Happy

pois o filme é mesmo isso. não existe pessoa no mundo que o tenha entendido.. surrealismo é surreal 'confused'

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Mensagem  trickyd Ter Out 16, 2007 6:19 pm

Uii, foste buscar aí tanta coisa! Poderemos discutir essas influencias nos cineastas americanos comtemporaneos mais tarde, e noutro tópico. Vamos aqui nos cingir mesmo à influencia do cinema serie B que, nos anos 70 até agora não influenciou só realizadores de terror. E o mais importante não foi o destruir tabus, até porque os filmes em conteudo eram opacos e essas reflexoes sobre a sociedade já estavam a decorrer, pelo menos, desde 60 pelos amigos que tu referiste e muito devido à epoca controversao e da contra-cultura que foi a de 60. Mas não vamos entrar por aí...
Eu quando referi à importancia dos trash movies queria dizer mais aspectos tecnicos: irreverencia na utilização de tecnicas, no trabalho de camera, na fotografia, montagem, ect. Aí sim, os trash movies foram de uma influencia maior, apesar de tambem tematicamente terem interferido no pensamento e crescimento de muitos cineastas (repito: não so de terror) actuais. O teu amigo Tarantino é o mais famoso cineasta que demonstra, seja por aspectos tecnicos ou pelas mençoes a filmes nos dialogos dos personagens (repare-se mesmo no death proof varios), essa influencia do cinema B.
Quanto a From Dusk till Dawn não há que lhe fazer. Eu acho exactamente o contrario de ti. O From dusk till dawn, especialemente no 2º acto do filme ( a tal loucura à lá Rodriguez) é que foi uma valente bosta. Aquilo sim! Foi parodia disparatada, aí o Rodriguez (se foi mesmo ele) é que parodiou o bom gore e tornou o filme em algo desprezível. Já no planet terror não! Ali ele impingiu uma loucura genuína com um humor negro (que tu tomaste como parodia) que tornou a película num mimo à lá Carpenter.
Não te esqueças de no proximo comentario responderes à minha pergunta do argumento, que não entento o porquê de não ser encarado como uma reflexão pós-9/11.

Quanto ao nick, é verdade! Eu gosto de tricky e ouço bastante. No hi5 era o David. Tira-me só uma duvida, tu eras aquele que fez uma campanha pra todos ver-mos o 28 weeks later?

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Nuno, nos tamos a dar importancia à forma (genuína ou não) como os trash movies foram homenageados. Claro que o espirito pra ver o filme é esse, porem isso não significa que os realizadores podem fazer o que lhes aptece porque ninguem vai querer saber de criticar os filmes. Não é assim. O From dusk till dawn tambem é para ser encarado assim, e por mim foi, e nem por isso gostei.

O chien andalou e qualquer obra surrealista TEM de ser entendida. É +- como Lynch, meu caro. Um filme/quadro/livro com uma ambiguidade tal que fica nas nossas cabeças constantemente a rebobinar para encontrar um significado satisfatorio (o que nem sempre acontece, mas as tentativas para tal levam-nos a reflexões impressionantes). São essas obras que se tornam intemporais, se forem bem feitas. Sim! Porque fazer uma obra surrealista não é só pegar em "cenas esquezitas" e deitar pra lá. Tem muito que se lhe diga.

tenho q ir, não posso escrever mais...e desculpem os erros. Tou na escola e tive que escrever isto muito rapido.

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Mensagem  miguel Ter Out 16, 2007 7:57 pm

o surrealismo TEM de ser entendido? desde quando?
certo estás em que estas obras nos levam a reflectir em busca de um resultado sastisfatório e que, por vezes, tal não acontece, sendo o seu caminho o que nos leva a raciocinios e reflexões impressionantes.
Agora que o surrealismo tem obrigatoriamente de ser entendido estás a contriar o movimento.
O surrealismo digamos que é a materialização do inconsciente, do psicológico ou do abstracto. É uma forma de expressão que tem como principal fundamento o fugir à norma, ao normal, ao real, expressando-se através de uma linguagem que se parecem a sonhos.

Tu podes retirar conclusões de uma obra surrealista, mas não lhe podes encontrar razões.
Podes encontrar as tuas ligações (i)lógicas nos elementos de um quadro de Dali ou no filme em conjunto com Buñuel "un perro andaluz"(como exemplos), mas estas ligações foste tu que as criastes do nada pelo estimulo que a obra, por sua vez, criou em ti.
Pelo que essas ligações são em si contraditórias pois o surrealismo rejeita a razão!!!

Já de lynch não sei, é perigoso falar..
Não falando de "Inland Empire" pois não vi o filme, Lynch não é de todo surrealista. Tem rasgos, tem cenas e/ou sequências surreais, mas não é um autor surrealista. Mesmo os seus filmes mais estranhos, incluindo Eraserhead (talvez o seu trabalho mais louco) , tem uma historia com principio meio e fim. "Un perro andaluz", de dalí e buñuel, não.
Aliás, dos filmes que vi de Buñuel, o único 100% surrealista é mesmo "un perro andaluz".

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Mensagem  trickyd Ter Out 16, 2007 8:17 pm

Sim, tens razão, admito! A forma como tu disseste no 1º comentario que é surrealismo e pronto, não precisa de ser entendido é que me fez dizer erroniamente totalmente o oposto. O que eu pretendia dizer foi o que tu disseste no segundo comentario: As obras surrealistas como representação do sonho, abstracto, mentes (...) impulsionam reflexoes. Era exactamente isto! Mas uma obra surrealista não tem que, necessariamente ser vista como algo muito dificil. Eu adoro parte da filmografia do Bunuel precisamente por conseguir muito bem, atraves de todas as maluqueiras possiveis, conseguir por o espectador a pensar em algo ali muito tempo. El angel extreminador é uma dessas obras! Adoro discutir sobre esse filme, se alguem aqui viu que deia ideias sobre o que acha que se passou naquela sala. (eu tenho as minhas).
Quanto ao Lynch, não digo que a sua filmografia seja sempre surrealista, como a de bunuel não é, mas as suas, na minha opiniao, melhores obras o são. E o que eu gosto na obra dele é a estetica que consegue ser diferente dos outros autores surrealistas.

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Mensagem  NunoB. Qua Out 17, 2007 2:10 am

Pois, concordo que seja possivel tirar conclusões, e fazer reflexões quando se está perante algo surreal. No caso do 'Un Chien Andalou' não consegui mesmo fazer isso. Depois fui ao imdb ver o que é que se dizia por lá e encontro na trivia que o filme resultou da aglutinação de dois sonhos que os senhores Buñuel e Dali tiveram :X I mean... ele a puxar duas pessoas, que estão presas a pianos com cavalos mortos dentro deles? É caso para dizer "WTF?" ^^
Imagino a polémica que isto deve ter causado no seu tempo. Um homem a mexer nas mamas duma mulher? Ishhhhhhhh nem quero imaginar as reacções!

Quanto ao Lynch, e nunca tendo visto o Eraserhead e o Wild at heart, posso dizer que até mesmo os filmes mais abstractos dele (ver: Lost Highway, Mulholland Dr., e Inland Empire) são bastante acessíveis, porque detêm de uma estrutura narrativa bem mais coesa, que permite tirar conclusões mais definidas.

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Mensagem  NunoB. Qua Out 17, 2007 2:12 am

miguel escreveu:

Já de lynch não sei, é perigoso falar..
Não falando de "Inland Empire" pois não vi o filme, Lynch não é de todo surrealista. Tem rasgos, tem cenas e/ou sequências surreais, mas não é um autor surrealista. Mesmo os seus filmes mais estranhos, incluindo Eraserhead (talvez o seu trabalho mais louco) , tem uma historia com principio meio e fim. "Un perro andaluz", de dalí e buñuel, não.

Tiraste-me as palavras dos dedos. (O Inland Empire também tem principio, meio e fim tongue)

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